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Leia só se você for Multitarefas.

Forças dinâmicas e imprevisíveis estão mudando nossa realidade pessoal e profissional, bem como o cotidiano das empresas. E ainda teremos mais disso porque nós ainda não tiramos a nota média para subir um nível.

A tecnologia em diversas áreas e setores e a competição global são apenas dois dos elementos que mudam rapidamente e junto, nós vamos mudando nossos comportamentos sem perceber. Somando esses dois elementos às mudanças demográficas, à política global, às descobertas científicas, à clientes exigentes e ao estado da economia mundial, não é difícil entender a pressão que os líderes modernos estão experimentando.

Desta forma, mostrar resultados, trabalhar linhas de novos produtos, a gestão de talentos, a geração de valor para os acionistas, entre outras, são atividades nas quais se espera que eles tenham alta e exemplar performance, e, comumente, sem contratar mais gente.

Por consequência, a maioria dos colaboradores em empresas acreditam que atuar na forma de multitarefas permite que lidem com essa complexidade, se saiam bem e sejam reconhecidos.

Mas não funciona. Eric Schmidt CEO do Google, disse em uma conferência de tecnologia em 2010, que a quantidade de informação que produzimos coletivamente a cada dois dias é igual à toda informação produzida pela humanidade até 2003, o que foi impulsionado pela velocidade extrema com a qual dados são gerados online pelos usuários.

E a execução de multitarefas não ajuda o cérebro de liderança a tomar decisões melhores, não permitir que ele se concentre nas questões certas e inspire pessoas. Existe uma ilusão de eficiência alimentada por uma necessidade interna de experimentar aquela gostosa sensação de missões cumpridas, de sentir orgulho do quanto foi feito em um tempo limitado.

A prática da liderança não é outra tarefa, ela está embutida no que você faz todos os dias. A liderança não é uma tarefa para adeptos de multitarefas. Tem haver com comunicar, mostrar o caminho, motivar, apoiar e desenvolver, e essas não são tarefas tradicionais do trabalho dos gestores.

Pesquisas de Sanbonmatsu D.M. e Associados de 2013* relevam que os adeptos das multitarefas demonstram falhas importantes em partes do cérebro que controlam impulsos, dirigem nossa atenção e foco, lidam com nossa memória e administra as funções de resolução de problemas e realização de tarefas.

Líderes verdadeiros são aqueles que usam sua energia cerebral com sabedoria e seletividade, de modo a garantir que tenho energia suficiente para manter o foco, solucionar problemas, controlar impulsos e raciocinar. Se não agirem com esta sabedoria e seletividade doque é importante para si, essas funções recebem menos energia do que o necessário para funcionar corretamente, resultando em comportamentos confusos, desorientados e frustrantes. O autocontrole, a

autorregulação, um dos importante pilares da inteligência emocional, sofre muito.

O estudo de Sanbonmatsu e Associados demonstrou que pessoas sem o hábito de executar várias tarefas, tinha um melhor desempenho ao adotar essa estratégia caso isso for solicitado, do que aquelas orgulhosas de suas habilidades de trabalhar assim.

Isso não significa que nós vamos fracassar quando precisarmos trabalhar com muitas tarefas, desde que for por um curto período. Apenas não pode se tornar um hábito.

* Ref. Bibliográfica:

Who Multi-Tasks and Why? Multi-Tasking Ability, Perceived Multi- Tasking Ability, Impulsivity, and Sensation Seeking Sanbonmatsu D, Strayer D, Medeiros-Ward N, et al.See more. PLoS ONE (2013) 8(1) | DOI: 10.1371/journal.pone.0054402

Sobre a autora

 

 

 

 

Oriento o líder para que se DESTAQUE na empresa e no mercado,
com equilíbrio na VIDA PESSOAL, e uma diferente gestão das RELAÇÕES
e do seu TEMPO.